quinta-feira, julho 28, 2005

Óbidos III - Mãmã, eu quero um desenho

Estavamos nós os três a comer qualquer coisa na estação, já depois da adoração do Euro Shopper e assim em jeito de enganar a fome enquanto o comboio não vinha, quando a calma daquele local foi abalada pela chegada de um grande grupo de miúdos.

Deviam ser coisa de trinta, possivelmente de uma qualquer colónia de férias ou centro de tempos-livres que ia levar os miúdos até à praia de São Martinho do Porto. A princípio eles ficaram na deles, nós na nossa. À medida que a hora de chegada do comboio se aproximava, as monitoras começaram a pedir "os dinheiros"...sim, foi mesmo assim: elas usaram o plural! Obviamente algumas delas (ou todas) viram até à exaustão a Paixão de Cristo e todos os filmes e mais algum que haja sobre o role model do Cristianismo. De qualquer modo, a agitação do momento deve ter funcionado como uma faísca no organismo hiperactivo dos miúdos, porque em pouco tempo um deles acenou à JT com uma daquelas tatuagens simples em papel de colar e passar para a pele e perguntou-lhe se ela a queria. Ela aceitou e nós os dois achámos que eram boa ideia retribuirmos com um dos desenhos que ela tinha na mochila (a Jeta desenha muito bem, como podem ver no fotolog dela).



Quase imediatamente, uma data de outros tantos miúdos pediram que ela fizesse desenhos para eles, numa sinfonia de repetidos também quero's. O Coutinho e eu assistimos impávidos, serenos e com momentos de brincadeira com os pequenos à medida que eles se aproximavam e quase que abandonaram as monitoras para se aglomerarem à nossa volta. Pode-se dizer com toda a franqueza que a JT causou grande impressão entre eles, uma vez que os miúdos começaram a pedir-lhe que lhes autografasse as mãos: Babe, estás no caminho da fama! ;)



Como o tempo escasseava, apenas se conseguiu fazer um desenho como deve ser e alguns rascunhos rápidos, todos eles assinados, claro. Já no comboio, tirámos uma fotografia com a obra de arte, a artista e alguns dos seus fãs, lol. Seguiu-se outra à cambada toda :p



E quando em São Martinho eles sairam, por entre mãos que nos acenavam adeus, nós continuámos a nossa viagem ferroviária para Óbidos, por entre muita gargalhada, petiscos e o constante bater de côcos para manter o ambiente medieval à lá Monty Python. Uma pequena curiosidade final: quando na estação os miúdos se aglomeravam todos em torno da JT, um deles pediu ao Coutinho que lhe autografasse a mão. É a felicidade no seu estado puro e bruto que te impele para a fama, rapaz! LOL! :p

Abraços e beijinhos aos meus dois companheiros de viagem: tenho andado muito recolhido nestes últimos dias.

Próximo capítulo: Óbidos IV - A Advogada do "Proletariado" Medieval

2 comentários:

Joao disse...

AAAAAAH! Tantos putos! E definitivamente vivemos numa era de reality shows em que a fama é ganha apenas por se existir. É o herói do dia-a-dia. Afinal que é que o Coutinho fez??? :P

ps: espero que o próximo episódio não venha com tanto atraso.

Héliocoptero disse...

Peço desculpa pelo atraso, mas as coisas por estes lados andam um caóticas devido a "problemas suecos", if you take my meaning.