sexta-feira, julho 29, 2005

Óbidos IV - A Advogada do "Proletariado" Medieval

Vamos fazer um pequeno interregno na narrativa linear da ida a Óbidos e debruçemo-nos sobre um dos nossos pequenos "filmes": o da defensora dos oprimidos da Idade Média, a voz que se opõe ao vil senhor feudal, a pena incansável que faz até inveja a Lutero na sua luta pelo fim da injustiça social. É a Advogada do "Proletariado" Medieval!



Sim! Ela tem o patrocínio do Euro Shopper porque, afinal, qual foi a grande causa legal que nunca teve o apoio das instâncias europeias? Sim, ela vê as coisas a longo prazo, longe e remotamente, quanto mais não seja porque pelo menos para esta fotografia ela encontrava-se num ponto alto! E sim! Ela usa uma gravata laranja, ao que consta uma dádiva de alento por parte dos alcobacenses Loto.



E a nossa heroína, protótipo antigo da advogada-solteira-feminista-e-convicta-de-uma-qualquer-série-televisiva-americana, faz pose destemida junto à porta do tribunal e avança para a sala de audiências. Usa uma bela saia negra como sinal de luto pelas vítimas da opressão e uma leve camisola branca para indicar esperança, esperança em dias em que todos os portugueses (e portuguesas, como manda o politicamente correcto...) poderão rir e cantar alegremente numa qualquer aldeia com roupa igualmente branca, junto a uma qualquer ribeira cujas águas o sol aquecerá. E depois virá o Vitor de Sousa e todos terão um parque infantil and there will be much rejoycing!



As suas palavras de coragem ficaram registadas num relato artístico da época, num desenho da autoria da própria advogada, é claro: porque uma mulher firme e hirta não depende nunca do lápis alheio! Vai, vai, Advogada do "Proletariado" Medieval! A luta continua, senhores feudais para a charrua! :p


Próximo Capítulo: Óbidos V - Muralhas a dentro

2 comentários:

Joao disse...

Deviam era arranjar uma comissária pelo direito a não serem sempre os mesmos palhaços a candidatarem-se.

E viva o povo!

Anónimo disse...

Sempre!!!!

Eu e a minha fiel gravata laranja estaremos sempre prontos na defesa dos pobres e oprimidos e leprosos e "pestosos"!

A advogada do "proletariado" medieval