sábado, dezembro 30, 2006

Ano novo, mentalidade velha

Definitivamente, os nacionalistas bascos não aprendem. Como se não bastasse os "pequenos" actos de violência que mancharam os últimos seis meses, a ETA decidiu regressar hoje aos seus costumeiros atentados. Morta de vez a trégua, Zapatero decretou a suspensão de contactos com os separatistas e o processo de revisão do estatuto do País Basco voltou, assim, à estaca zero.

De nada vale o exemplo da Escócia, nada se aprende com o caso da Catalunha, duas nações europeias um passo mais próximas da independência, sem que para tal tenham recorrido à luta armada. Preferiram antes a via política, o trabalho das instituições democráticas e a pressão pacífica da sociedade civil. Resultado: a nacionalidade catalã foi reconhecida e o idioma catalão recebeu mais um mecanismo legal para a sua completa normalização, enquanto os escoceses podem estar à beira de um referendo à sua autodeterminação. Mas os bascos, esses preferem mostras de masculinidade, gostam mais de demonstrações de virilidade guerreira, muito embora isso não os leve a lado nenhum e lhes retire autoridade moral para pedir a independência. Porque quem acha que a violência compensa em democracia, prova apenas que não tem maturidade suficiente para reclamar o seu próprio país.

Por este andar apenas se concretiza a ironia de a parte de Espanha mais distinta na sua identidade ser a que menos hipóteses tem de se constituir como Estado separado. Etarras, babes: crescam e apareçam! A independência tem que ser merecida com muito trabalho e não conquistada à bomba. A Idade Média já passou há muito tempo...

1 comentário:

Anónimo disse...

a ver: 20;13

Bom ano!

py