De quem é a culpa?
Tendo o Tribunal Constitucional pronunciado-se contra a primeira data das eleições intercalares em Lisboa e a Governadora Civil adiado o acto eleitoral para 15 de Julho, não será de espantar que haja quem acene com o fantasma da abstenção. Já o faziam com o calendário anterior, quanto mais agora!
A eles, eu gostaria de chamar a atenção para um pequeno, mas interessante dado. As eleições legislativas de 1987 tiveram lugar a 19 de Julho e uma taxa de abstenção de 28.43%, enquanto nas de 1991, realizadas a 6 de Outubro, o número de abstencionistas subiu para os 32.22%, em Outubro de 1995 para os 33.70%, nas de 10 de Outubro de 1999 para os 38.91%, em Março de 2002 a abstenção foi de 38.52% e, finalmente, nas de 20 de Fevereiro de 2005 a taxa foi de 35.74%. Ou seja, nas eleições legislativas de 19 de Julho 1987 registou-se o mais baixo índice de abstenção dos últimos vinte anos. E foram em pleno Verão, ao contrário dos actos eleitorais posteriores, pelo que se impõe a seguinte pergunta:
A taxa de abstencionistas deve-se mais à data das eleições ou ao desgaste da partidocracia em particular e da classe política em geral?
1 comentário:
A abstencao tem muito que ver com a motivacao, que os entrevientes possam despertar nos leitores!
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