Entrada para alcobacenses
Depois de a Câmara Municipal de Alcobaça ter posto a possibilidade de manter a circulação e estacionamento automóvel no Rossio, ficando-se sem perceber muito bem o porquê de parte das obras e promessas de melhorar a praça, eis que surge num dos pasquins nacionais uma notícias que proporciona uma comparação interessante:
Milfontes vai 'expulsar' os automóveis do centro
Regista o Diário de Notícias a opinião de alguém que trabalha naquela vila da costa alentejana e que se queixa que "no Verão é muito complicado entrar na vila, sair ou estacionar, porque está tudo cheio de carros. Ainda por cima, as pessoas levam o carro para todo o lado. Quando querem ir para a praia, que fica a 50 metros, não vão a pé. Vão de carro". O ênfase nesta citação é meu para fazer a comparação com o que se passa em Alcobaça: são muitos os que, morando dentro da cidade, não vão para os cafés frente ao mosteiro a pé, mas sim de carro. Ou muitos os que, residindo fora de Alcobaça, mas querendo ir ao Rossio, são incapazes de deixar o carro a 50 metros de distância e andar o resto: preferem estacioná-lo mesmo em frente às esplanadas, não vá o veículo ganhar vida própria e fugir-lhes para nunca mais voltar.
De acrescentar que Vila Nova de Milfontes, como tantas outras localidades costeiras de Portugal, vive do turismo e vê a sua população aumentar várias vezes no Verão, mas isso não parece ser impedimento para querer tirar os automóveis do centro. Talvez porque lá não se tenha aquela ideia ridícula de que sem carros o comércio morre.
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