Não há o quê em Portugal?
O relato está no blogue de uma das vitimas: Tiago e um amigo foram agredidos no passado domingo às portas dos Armazéns do Chiado, num acto de violência homofóbica punido por lei e que deve seguir a via judicial quanto antes. Isso e ser noticiado pelos media, não vá a coisa passar em branco para alivio dos legisladores nacionais - em Lisboa e em Bruxelas - que preferem assobiar para o lado quando a coisa toca em direitos dos homossexuais.
Ainda no passado mês de Junho, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução de condenação das manifestações de racismo e homofobia então registadas em vários países da Europa (ver o texto aqui). Por inciativa da eurodeputada portuguesa Ana Gomes, o documento incluiu uma referência explicita ao assassinato de Gisberta, motivo suficiente para um outro eurodeputado nacional, Manuel António dos Santos, preferir abster-se na votação. Porquê? Porque segundo ele o referido homicidio foi um acto de delinquência juvenil e não um indício de uma "forte cultura homofóbica" em Portugal. Possivelmente o senhor Manuel dos Santos dirá algo do género a respeito do sucedido no Chiado, além de ficar por esclarecer porque é que o Partido Socialista - do qual o dito senhor faz parte - tem tanta dificuldade em legalizar os casamentos e adopção de crianças por homossexuais: se não existe em Portugal uma "forte cultura homofóbica", onde está, então, o problema? Tivessem os socialistas portugueses metade da coragem dos espanhóis...
Leia-se, a propósito, este excelente artigo de opinião de Joaquim Magalhães. Ao cuidado de um certo deputado do PP que disse uma vez que os homossexuais portugueses já podem casar, desde que com uma pessoa do sexo oposto.
1 comentário:
Não haja dúvida que este país de patos bravos tem tudo menos uma cultura homofóbica (tom irónico). A propósito, dá uma olhadela neste artigo, onde se vê um bom exemplo do que as figuras públicas podem fazer quando querem: http://news.yahoo.com/s/ap/20060908/ap_en_mo/people_brad_pitt
Vais gostar;)
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